Coroinhas de Santo Aleixo

domingo, 20 de junho de 2010

Formação Eucarística

FORMAÇÃO EUCARÍSTICA
  • Origem
A celebração eucarística tem sua origem na última ceia de Jesus. No contexto da ceia pascal dos judeus, Jesus antecipa o dom total de si mesmo em sacrifício de redenção e institui o memorial da Nova Aliança. Jesus realiza ritualmente, isto é, por meio de rito, o que vai realizar na realidade (morte na cruz).
A ceia pascal dos judeus recordava o acontecimento mais importante do Antigo Testamento, ou seja, a saída do povo da escravidão do Egito e a entrada na terra prometida. Essa recordação se fazia por meio de um banquete (ceia pascal) no qual se consumiam ervas amargas, pão e o cordeiro, e se bebia vinho.
  • A instituição
Jesus convida seus discípulos para a ceia pascal e introduz aí um elemento novo: ele toma o pão, dá graças a Deus, parte o pão e o entrega a seus discípulos, dizendo: “ISTO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS. Façam isto em memória de mim”. Depois, toma o cálice com vinho, dá graças a Deus e entrega o cálice aos discípulos, dizendo: “ESTE CÁLICE É A NOVA ALIANÇA NO MEU SANGUE. Todas as vezes que beberem dele, façam isto em memória de mim”.
Analisando a instituição da eucaristia, encontramos quatro verbos que Jesus utiliza e que constituem hoje a estrutura fundamental da celebração eucarística: tomar, dar graças a Deus, partir e dar.
Vejamos a que partes da missa corresponde cada um desses quatro verbos:
Tomar = apresentação das oferendas
Dar graças = oração eucarística
Partir = fração do pão
Dar = comunhão.
Este é o núcleo fundamental da celebração eucarística, desde a origem.
  • Duas mesas
No evangelho segundo Lucas, encontramos o episódio dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-33). Nesse relato é possível perceber que ao lado da mesa eucarística já havia a mesa da palavra. Temos, portanto, os traços principais da atual celebração eucarística:
1ª parte: Lucas 24,25: Jesus cita e explica as Escrituras (mesa da palavra).
2ª parte: Lucas 24,30: Jesus toma o pão e o abençoa, depois o parte e o distribui a eles (mesa da eucaristia).
Uma passagem dos Atos dos Apóstolos mostra como no tempo dos apóstolos já se abria espaço para a palavra de Deus, ao lado da fração do pão. Podemos dizer que são os rudimentos do que chamamos atualmente de mesa da palavra.
“No primeiro dia da semana (domingo), estávamos reunidos para a fração do pão. Paulo, que devia partir no dia seguinte, dirigia a palavra aos fiéis, e prolongou o discurso até a meia-noite. Havia muitas lâmpadas na sala superior, onde estávamos reunidos (...) Depois subiu novamente, partiu o pão e comeu. Ficou conversando com eles até a madrugada, e depois partiu” (At 20,7-8.11).
Significados e consequências:
  • Ação de Graças
A palavra eucaristia vem da língua grega e significa agradecimento, ação de graças, reconhecimento. É a resposta que brota espontânea do ser humano diante das manifestações de Deus na criação e na história humana.
Quando ganhamos um presente, é natural expressarmos nossa gratidão a quem nos presenteia. Para isso usamos a criatividade: um “obrigado”, um “Deus lhe pague”, um abraço, um sorriso, um telefonema, uma lembrancinha etc.
Viver em ação de graças implica oferecer ao Pai, por Cristo, as coisas criadas e a própria pessoa. É o que Jesus realiza de modo ritual na última ceia, e de modo real na cruz: entrega ao Pai sua vida em sacrifício infinito pela salvação de toda a humanidade.
Para nós, o que significa tomar parte no banquete eucarístico? Significa render graças a Deus por tudo e com tudo.
Por tudo: a vida, a religião, nossa família, a fé em Deus, o ar que respiramos, o sol, a chuva, os alimentos que nos sustentem, as flores, os animais etc. Na celebração eucarística, o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho humano, simbolizam todos os bens da criação.
Com tudo o que somos e temos, isto é, nossas habilidades pessoais, dons, saúde, disposição etc. Deus não precisa de coisas materiais. Ele espera a oferta do nosso ser.
Jesus entregou ao Pai o que possuía de mais precioso, a sua própria vida. Também nós devemos fazer oferta de nossa vida ao Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo.
  • Memorial (fazer memória)
Ao celebrar a última ceia com seus discípulos, Jesus tomou o pão e o vinho, rendeu graças e disse que aqueles elementos eram seu corpo e seu sangue, oferecidos em favor do povo. Em seguida acrescentou: “FAÇAM ISSO EM MEMÓRIA DE MIM”.
Fazer memória da páscoa de Cristo significa TORNAR PRESENTE o ato salvador de Cristo. Revivemos na fé o acontecimento de sua paixão, morte e ressurreição, atualizando-o e tornando-nos participantes dele.
Ao celebrar a eucaristia, não comemoramos algo perdido no passado, ou um fato que ficou apenas na lembrança, mas, proclamamos, aqui e agora, a salvação de Deus aplicada à história presente e futura: “Todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (I Cor 11,26).
Portanto, para nós, assim como para os judeus, o memorial tem três direções: olha para o passado, mas projetando-o para o futuro, com a espera do fim dos tempos, e sentindo que o acontecimento histórico (passado) e o futuro se concentram no hoje da celebração.
Aplicando, mais uma vez, esse conceito à eucaristia, temos o seguinte: a eucaristia é um fato passado (morte e ressurreição de Jesus), que se torna presente para nós, aqui e agora (celebração eucarística) e nos projeta para o futuro (o reino de Deus não está concluído, mas vai se construindo até que todos cheguem à plena comunhão com Deus e com os irmãos).
  • Sacrifício
Na última ceia, Jesus tomou o pão, rendeu graças e o deu a seus discípulos como seu corpo oferecido em sacrifício, para que dele comessem. E pegando uma taça com vinho disse-lhes: “Bebeis dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que será derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26,28).
Esses gestos tinham clara intenção de substituir o cordeiro da páscoa dos judeus.
O sacrifício de Jesus não é algo que se reduz aos seus últimos momentos de vida terrena, ou seja, sua paixão e morte. Toda a sua vida foi uma imolação constante. Jesus não buscou seus próprios interesses, mas procurou sempre fazer a vontade do Pai.
Sua vida foi uma contínua doação em favor do povo, principalmente das pessoas necessitadas. Sua vida de total entrega culmina com a morte na cruz. Sua paixão e morte são o coroamento de toda a sua vida doada: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
  • Assembléia
É no meio da Igreja que o sacrifício de Cristo se torna presente. Igreja é palavra de origem grega, que significa assembléia, comunidade do povo, convocada e reunida por Deus.
Desde o início da Igreja os escritos do Novo Testamento falam da eucaristia como reunião da comunidade (assembléia).
A assembléia cristã, portanto, é uma comunidade que celebra e no meio da qual desde o primeiro momento está presente Cristo, o Senhor.
Quem faz parte da assembléia? Todos os fiéis que se reúnem para celebrar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, o povo e os ministros, incluindo-se o ministro ordenado a quem cabe presidir a eucaristia.
  • Refeição
A missa é uma refeição, um banquete, uma festa. Quem faz o convite é Deus Pai. A convocação é dirigida a nós, filhos e filhas, com a finalidade de nos alimentar com sua palavra e com o corpo e sangue do seu Filho Jesus.
O banquete eucarístico supõe, portanto, a presença de convidados (assembléia) e alimento (pão e vinho, corpo e sangue do Senhor). Sendo o banquete eucarístico uma festa, há também a necessidade de participação externa e da participação interna da assembléia.
Constituem elementos da participação externa os movimentos, as palavras, as aclamações, os cantos, as orações, o toque, os sinais, o abraço da paz etc. Ao passo que a participação interna é a predisposição de cada membro da assembléia, sua vontade de estar ali com os irmãos, consciente do que vai celebrar. A participação interna começa antes que a pessoa entre na Igreja para a celebração.
  • Comunhão
           Comunhão quer dizer comunicação. Mas significa também intimidade (comum união). Quando vamos receber a comunhão (a hóstia consagrada) estabelecemos uma comunhão com Jesus e com os irmãos e irmãs. Portanto, receber a comunhão não é simplesmente receber e ingerir um pedaço de pão consagrado (Corpo de Cristo). Esse gesto significa que o fiel está em comunhão com o corpo de Cristo. Ora, o corpo de Cristo é a Igreja. Em outras palavras, somos nós. Portanto, comungar o corpo de Cristo é estar em harmonia e paz, não só com Jesus, mas também com todos os filhos e filhas de Deus. Quem tem ódio contra alguém deverá reconciliar-se antes de comungar. Ódio e comunhão não combinam.
  • Compromisso social
A celebração eucarística não é um ato fechado em si mesmo. Ela é aberta para fora, para a realidade do mundo que nos cerca. Por isso a missa se expande, se prolonga para além da própria missa. A missa não pode estar fora da realidade que envolve o povo. Aliás, cada pessoa, ao participar da missa, leva consigo sua realidade (sua situação familiar e pessoal, a situação do povo, suas dificuldades, alegrias e angústias...).
Levamos a realidade para a celebração, e levamos a força da celebração para a realidade. Deste modo, fazemos a união da fé com a vida.
Portanto, enquanto houver irmãos passando fome, nós cristãos não podemos cruzar os braços, não podemos celebrar e ficar acomodados. Justamente porque a celebração nos empurra para a ação. Ação transformadora da sociedade. Nesse sentido dizemos que a celebração eucarística é compromisso social.
  • Gratuidade
Gratuidade vem da palavra latina grátis, de graça. A eucaristia pede que sejamos gratuitos, generosos, acolhedores, sem preconceitos. Essa gratuidade se manifesta na celebração e além da celebração. Por isso, quando vamos participar da eucaristia, não convém ficarmos controlando o relógio, achando que tudo está pesado, cansativo, sem interesse. Se isto for verdade, alguma coisa está errada e é necessário corrigir.
É verdade que por vezes nossas celebrações ainda são feitas com muito palavreado. Vamos dar espaço para a Palavra de Deus e diminuir as nossas palavras! Vamos dar preferência para externar nossa fé através do canto e dos gestos simbólicos e manter as palavras indispensáveis para bem celebrarmos. É uma saída para se evitar que a celebração seja enjoativa.
Ser gratuito, durante a celebração, é deixar-se embalar pelo Espírito Santo, o liturgo (celebrante) por excelência. É seguir as inspirações que nos vêm da Palavra, dos símbolos, dos gestos simbólicos. Ser gratuito na celebração é fazer bom proveito de algum fato novo, que não estava previsto no roteiro, mas que nos ajuda a celebrar melhor.
  • Conclusão
A partir dessas breves noções a respeito da Eucaristia, cada um de nós é convidado a ser eucaristia viva nas estradas do mundo. Que quer dizer eucaristia viva? É a pessoa que tem um coração aberto, generoso, compassivo, cheio de bondade e misericórdia, igual a de Jesus. É a pessoa que se preocupa com os irmãos e irmãs, principalmente os mais necessitados de socorro material e espiritual.
Ser eucaristia viva é ser o próprio Jesus presente e dinâmico, hoje, no meio da humanidade.



sábado, 19 de junho de 2010

Milagres Eucarísticos

10 MILAGRES EUCARÍSTICOS

1 - Lanciano - Itália – no ano 700
Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos,, foi efetuado em 1970-71 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena. Resultados:
1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio.
2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo ‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário.
3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos. 

2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263 Inicio da Festa de Corpus Christi
Em 1264 um piedoso sacerdote da Alemanha empreendeu uma viagem a Roma. Quis procurar o Santo Padre a fim de pedir esclarecimentos e consolações nas graves dúvidas de fé que o atormentavam. Estas dúvidas versavam particularmente sobre a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento. Chegando de sua viagem a Bolsena, celebrou a Santa Missa na Igreja de Santa Cristina. Ainda aí, mais uma vez, gravíssimas tentações e dúvidas o assaltaram, porém, devia ser a última, pois Deus quis curá-lo por um magnífico milagre. Passara-se a consagração do pão e do Vinho. Acabada esta última, o preciosíssimo sangue começou a borbulhar, subiu, subiu, transbordando e gotas e muitas gotas derramaram-se sobre o corporal, tingindo-o de sangue. Assustado com o fato inexplicável, pensa em ocultar o milagre, tanto mais que o atribui ao seu pecado. Dobra cuidadosamente o corporal e procura escondê-lo debaixo da pedra d’ara. Mas, o sangue passa elo linho e quatro gotas caem sobre os degraus do altar, deixando impressos os sinais evidentes do sangue. Que fazer? Já não podia mais ocultar o milagre, mas continua a julgar um castigo por suas dúvidas. Soube então que o Papa estava perto de Orvieto. Resolveu procurá-lo, confessar suas dúvidas e narrar o acontecido. O Papa mandou trazer à sua presença aquele corporal, para verificar o que havia de verdadeiro, depois de ter verificado o fato inegável, mandou conservar o dito corporal na catedral de Orvieto. O mármore, sobre o qual tinham caído as gotas de sangue, guardou-se religiosamente na Igreja de Santa Christina em Bolsena, onde se deu este grande milagre. O Papa Nicolau V lançou a pedra fundamental de uma nova Igreja , onde devia ser venerado aquele admirável corporal, que até hoje, é objeto de grande devoção. Este milagre removeu os últimos obstáculos à introdução da festa do CORPO DE DEUS.

3 - Ferrara - 28/03/1171
Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a Presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro de Verona, com três sacerdotes celebravam a Missa de Páscoa; no momento de partir o pão consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um “Breve” do Cardeal Migliatori (1404). - Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato. 

4 - Offida - Itália – 1273 
Ricciarella Stasio - devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em carne e sangue. Foram entregues ao pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre este fato. 

5 - Sena – Cáscia - Itália – 1330
Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário para levá-la ao doente grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a pagina manchada de sangue e para Cáscia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita. 

6 - Turim - Itália – 1453
Na Alta Itália ocorria uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-o dentro de uma carruagem juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da Igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – o ostensório se levantou nos ares “com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol”. Os espectadores chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, “O ostensório caiu por terra, ficando o corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes”. O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento (Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de “Corpus Domini” (1609), que até hoje atesta o prodígio. 

7 - Sena - Itália – 1730
Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram limpas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo as Hóstias não se estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação. 

8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)
Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O milagre se deu com uma dona de casa, Euvira, casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de Anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. Varias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.
 
9 – Faverney, na França, em 1600
O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural de superação da lei da gravidade. Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros de Besançon.Um dos noviços chamado Hudelot, notou que o Ostensório que se encontrava junto Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Os Frades Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se para observar e testemunhar o fenômeno. Embora os monges com a ajuda do povo, conseguiram apagar o incêndio que queria consumir toda a Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço. 

10 - Em Stich, Alemanha, 1970
Na região Bávara da Alemanha, junto à fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto um padre visitante da Suíça estava celebrando uma Missa numa capela, uma série incomum de eventos aconteceu. Depois da Consagração, o celebrante notou que uma pequena mancha avermelhada começou a aparecer no corporal, no lugar onde o cálice tinha estado descansando. Desejando saber se o cálice tinha começado a vazar, o padre correu a mão dele debaixo do cálice, mas achou-o completamente seco. A esta altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de uma moeda de dez centavos. Depois de completar a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse ser remotamente a fonte da mancha avermelhada. Ele trancou o corporal que apresentava a mancha num local seguro, até que pudesse discutir o assunto com o pároco.




Os graus da Ordem

O SACRAMENTO DA ORDEM

A Ordem Sacerdotal (do latim Ordo, dinis: boa disposição das coisas) é um dos sete sacramentos do catolicismo que confere o poder e a graça de exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e de o desempenhar santamente. Pela imposição das mãos e pelas palavras do Bispo, este sacramento faz dos homens batizados sacerdotes, atribuindo-lhes os poderes de perdoar os pecados e de converter o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e de conferir, conforme o seu grau, os outros sacramentos. Por divina instituição, pelo sacramento da Ordem, alguns dentre os fiéis, pelo caráter indelével com que são assinalados, são constituídos ministros sagrados, isto é, são consagrados e delegados a fim de que, personificando a Cristo Cabeça, cada qual no seu respectivo grau, apascentem o povo de Deus, desempenhando o múnus de ensinar, santificar e governar.

OS TRÊS GRAUS DO SACRAMENTO DA ORDEM

1º GRAU: DIACONATO

Os diáconos são os ajudantes dos líderes de uma igreja particular local, e por sua vez, aspirantes a futuros líderes. Possui o primeiro grau do Sacramento da Ordem, sendo ordenado não para o sacerdócio, mas para o serviço da caridade e da proclamação da Palavra de Deus e da liturgia.
O diácono pode realizar, sob orientação de um sacerdote, algumas celebrações religiosas, batismos e abençoar casamentos, além de fazer homilias e pregações. Colaboram com o Bispo, cooperam com os presbíteros na diaconia da palavra, da liturgia e da caridade de uma diocese. Não consagram a hóstia nem ungem enfermos, como também não atendem confissões. Podem e devem administrar igrejas, ser bons aconselhadores e dar a bênção mesmo não sendo sacerdotes.

2º GRAU: PRESBITERADO

O presbítero (vulgarmente vertido para padre ou sacerdote) é aquele que recebe o Sacramento da Ordem em seu segundo grau. Portanto, é considerado um estágio intermediário na hierarquia do clero católico. Usa o título religioso de padre, do latim pater, que significa "pai [num sentido religioso]".
Dependendo da sua função em uma paróquia, caso esteja funcionando em uma, pode ser um pároco, se é a autoridade religiosa máxima na paróquia, ou vigário, caso se encontre subordinado a outro padre na mesma paróquia. Antes de ser ordenado padre, o candidato se torna diácono e faz promessa ao seu Bispo de castidade, obediência e pobreza (este apenas para os padres das ordens religiosas, pois os sacerdotes diocesanos (ou seculares) não professam voto de pobreza). Faz ainda a promessa de rezar todos os dias a Liturgia das Horas pelo Povo de Deus e de celebrar a Eucaristia.
Diferentemente dos diáconos, os presbíteros podem realizar as sacramentos da Unção dos Enfermos, da Eucaristia, da Penitência e, em alguns casos, o da Crisma, sendo então impossibilitado de administrar somente o sacramento da Ordem. O sacerdote é o administrador das paróquias, ou seja, auxiliadores do Bispo na missão de levar o rebanho até o verdadeiro Bom Pastor.

3º GRAU: EPISCOPADO

Os bispos são os sucessores dos apóstolos, recebendo com a ordenação episcopal a missão de santificar, ensinar e governar, a eles confiada no âmbito de uma circunscrição definida (diocese, arquidiocese ou prelazia).
O episcopado é o último e supremo grau do sacramento da Ordem. O bispo é também a autoridade máxima da Igreja particular local em jurisdição e magistério.
Aos bispos compete ministrar o sacramento da ordem de modo exclusivo o sacramento da crisma. Ordenar presbíteros e diáconos, bem como conferir ministérios são funções exclusivas do bispo.
Conforme o Código de Direito Canônico, "os Bispos que, por divina instituição, sucedem aos Apóstolos, são constituídos, pelo Espírito que lhes foi conferido, pastores na Igreja, a fim de serem também eles mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo." (Cân. 375 §1)

O PAPA

Diferentemente do que muitos pensam, o papado não é um grau superior da ordem. O Papa é o líder mundial da Igreja Católica, sucessor de Pedro (o primeiro Papa), mas é um Bispo, o bispo de Roma. Em questões hierárquicas dos graus de ordenação, o Papa é semelhante a todos os outros Bispos do mundo. Como chefe mundial e pastor máximo da Igreja Católica, é inquestionável a importância do Papa dentro da humanidade, e principalmente, dentro do Clero, mas mesmo Papa, seu grau de ordenação continua sendo o episcopado.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Missa parte a parte - Introdução

Missa parte a parte - Introdução

O roteiro da Santa Missa é muito simples. Trata-se de duas liturgias que são partes integrantes da mesma celebração: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. A liturgia da palavra é precedida pelos ritos iniciais, e a liturgia eucarística é seguida pelos ritos finais.

Ritos Iniciais

  • Procissão de entrada
  • Saudação
  • Ato penitencial
  • Hino de Louvor
  • Oração Inicial

Liturgia da palavra

  • Primeira Leitura
  • Salmo Responsorial
  • Segunda Leitura
  • Aclamação ao Evangelho
  • Proclamação do Evangelho
  • Homilia
  • Profissão de fé
  • Oração dos fiéis (preces)

Liturgia Eucarística

  • Apresentação das oferendas (ofertório)
  • Oração sobre as oferendas
  • Oração Eucarística: Prefácio; Santo; invocação do Espírito Santo sobre as oferendas (epíclese); consagração (narrativa da instituição da eucaristia); memorial e oferecimento da Igreja; intercessões; doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo).
  • Pai-Nosso
  • Paz
  • Fração do pão
  • Cordeiro de Deus
  • Comunhão

Ritos Finais

  • Oração pós comunhão
  • Bênção final



Vejam cada parte da Missa:

Missa parte a parte - Ritos Iniciais


RITOS INICIAIS


Procissão de Entrada

Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.

Aos coroinhas: na procissão de entrada, os coroinhas devem entrar de par em par, caminhar sempre de forma regular e realizar a devida reverência ao chegar no presbitério.

Saudação

O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz com a expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.


Ato penitencial


O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, com arrependimento sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.


Hino de louvor


O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dele torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas.

Oração Inicial

O A oração é seguida de uma pausa, este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.


Vejam cada parte da Missa:


Missa parte a parte - Liturgia da Palavra

LITURGIA DA PALAVRA


Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus".

Aos coroinhas: neste momento deve-se sentar somente quando o celebrante sentar.


Primeira leitura


A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.

Salmo responsorial


Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.


Segunda leitura


A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade e a todos nós.


Canto de aclamação ao Evangelho

Terminada a Segunda Leitura, vem a aclamação ao Santo Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que vem nos falar.


Evangelho


Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar.


O Evangelho é retirado de um dos quatro Evangelhos da Bíblia: Mateus, Marcos, Lucas e João.


Aos coroinhas: deve-se levantar somente quando o celebrante levantar.


Homilia

É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. Na homilia o sacerdote "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje". Ele explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.

Profissão de fé

Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.

A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.

Oração da comunidade (Oração dos fiéis)

Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.


Vejam cada parte da Missa:



Missa parte a parte - Liturgia Eucarística

LITURGIA EUCARÍSTICA


Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício de Jesus. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho, mas nestas substâncias agora se encontram o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Procissão das oferendas (Ofertório)

As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.

Aos coroinhas: este é um momento muito importante no trabalho dos coroinhas, requerendo o máximo de atenção e respeito. Primeiro se leva para o sacerdote (pondo sobre o altar no lado direito) o cálice contendo a hóstia e as âmbulas contendas as hóstias menores (partículas) que serão consagradas. Esta é a apresentação do pão. Depois se leva para o sacerdote o vinho e a água contidos nas galhetas, sendo que os dois coroinhas devem se apresentar ao celebrante e voltar a credencia juntos. Esta é a apresentação do vinho. Por fim, lava-se a mão do celebrante no lavabo, terminando com uma vênia para o sacerdote.

Oração sobre as oferendas

O celebrante convida a assembleia a orar a Deus para que Ele aceite o nosso sacrifício: “Orai, irmãos e irmãs, par que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso”. A assembleia proclama: “Receba ó Senhor por tuas mãos (o padre) este sacrifício, para glória do seu nome (Deus), para nosso bem e de toda a Santa Igreja”. Sendo assim, confiamos nosso sacrifício nas mãos do sacerdote. Em seguida, o sacerdote eleva as mãos e ora sobre o pão e o vinho ofertando-os a Deus.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA

Inicia-se com o prefácio que é um hino de "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo “Corações ao alto”! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.

Santo


O final do Prefácio termina com a aclamação: Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.

Consagração do pão e vinho


O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Senhor fez na última Ceia, pronuncia as mesmas palavras de Jesus e o pão se torna o próprio Corpo de Cristo. O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida o celebrante recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos e pronuncia novamente as mesmas palavras de Jesus e o vinho se torna o próprio Sangue de Cristo. Novamente o sacerdote faz uma genuflexão para adorar Jesus sobre o altar. Então se cumpre a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.

"EIS O MISTÉRIO DA FÉ". Estamos diante do Mistério de Deus.

Aos coroinhas: Durante a consagração deve se tocar o sino ou sineta para simbolizar que Cristo está presente ente nós. Toca-se uma vez quando o sacerdote invoca o Espírito Santo sobre as oferendas, três vezes (ou continuamente) quando o sacerdote eleva a hóstia consagrada e uma vez quando ele faz a genuflexão. Repete-se o mesmo esquema para o cálice.


Orações pela igreja

A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja triunfante.

Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.

A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de Deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador".

Por Cristo, com Cristo e em Cristo

Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.

RITO DA COMUNHÃO

Pai nosso

Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos. Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante. Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém, pois a oração seguinte é continuação. Esta oração feita pelo sacerdote é mais um momento de limpeza espiritual para nos preparar para receber o Corpo e Sangue de Jesus: “
Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador.”

A paz

Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. A paz é um dom de Deus. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.

Fração do pão

O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.

Cordeiro de Deus

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.

Aos coroinhas: deve-se preparar as âmbulas e as patenas para o momento da comunhão. Colocar as âmbulas vazias sobre o altar de acordo com a necessidade e igualmente ao número total de âmbulas distribuir as patenas. Os coroinhas que recebem a patena devem se posicionar na parte lateral do presbitério ou esperar os ministros já na parte de baixo.

Comunhão

A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna. À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo.


Vejam cada parte da Missa: