Coroinhas de Santo Aleixo

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tempos Litúrgicos - Natal

NATAL

A Igreja considera nada mais venerável, após a celebração anual do mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor (Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, n. 32).

Origem

As origens de uma verdadeira celebração do Natal parecem remontar a tempos muito primitivos, e tiveram como lugar de início a mesma gruta onde Jesus nasceu em Belém. Em meados do século IV surge, em Roma, o Cronógrafo Romano, uma espécie de Calendário com notícias sobre os mártires e os papas romanos. Esse Calendário informa: "Dia 25 de dezembro: Nascimento do Sol Invencível. Cristo nasceu em Belém da Judéia".

Por que 25 de dezembro?

No século lU, havia-se difundido, no mundo greco-romano, a festa pagã do Natal do Sol Invencí­vel. Este era o nome do deus a quem o imperador Aureliano deu importância oficial, com a construção de um templo em Roma. Ora, a festa principal a esse deus era celebrada no solstício de inverno, dia 25 de dezembro. A partir dessa data, começa a encurtar a noite e aumentar o dia (diminuem as trevas e cresce a luz). Em vista de afastar o povo desse culto idolátrico, os cristãos tiveram a ousadia de tornar cristã essa festa civil romana, introduzindo, em seu lugar, o culto ao verdadeiro Sol Invencível, Sol de justiça (Ml 3,20), Luz que nasce do alto, Jesus Cristo.

O Natal hoje

O tempo do Advento, com sua liturgia e espiri­tualidade próprias, a novena de Natal rezada pelo povo, a celebração penitencial, tudo isso prepara os fiéis e os deixa motivados para a solene celebração do Natal do Senhor.

N o dia do Natal, segundo a antiga tradição romana, pode-se celebrar a missa três vezes, a saber: à noite, na madrugada e durante o dia. O centro da celebração do Natal é a eucaristia. Pela celebração eucarística, o Natal torna-se mistério presente. Em outras palavras, na eucaristia está presente o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, que morreu, ressuscitou e é glorificado.

O tempo do Natal começa na véspera do Natal do Senhor e vai até o domingo posterior a 6 de janeiro. A semana que segue ao Natal denomina-se oitava e está organizada do seguinte modo:


a) No domingo dentro da oitava, celebra-se a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Se nesse período não houver domingo, a festa é celebrada em 30 de dezembro.


b) Em 26 de dezembro celebra-se a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir cristão.


c) Em 27 de dezembro, celebra-se a festa de São João, apóstolo e evangelista.


d) Em 28 de dezembro, celebra-se a festa dos Santos Inocentes.


e) Em 1º de janeiro, com a imposição do Santíssimo Nome de Jesus, celebra-se a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Além disso, é o Dia da Paz, instituído pelo papa Paulo VI. No Brasil, a Epifania do Senhor é celebrada no domingo entre 2 e 8 de janeiro.


PONTOS DE REFLEXÃO


O tempo do Natal é rico em temas bíblicos e teológicos. Assinalo alguns pontos que nos podem ajudar a celebrar e vivenciar, de modo mais profundo, o mistério da encarnação e do nascimento de Jesus Cristo:

1. Deus se faz homem e vem morar entre nós

Encarnação do Verbo eterno: "A Palavra se fez homem e habitou entre nós" (Jo 1,14).

• Jesus "esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana" (cf. FI 2,6ss).

• "A Vida manifestou-se: nós vimos e damos testemunho e vos anunciamos esta Vida eterna que estava com o Pai e apareceu a nós" (lJo 1,lss).

2. A Virgem Maria no mistério do Natal

• Maria aceita ser a mãe do Salvador, o "Filho do Altíssimo" (Lc 1,35).

• Diante de Jesus recém-nascido, Maria contem­plava e meditava (cf. Lc 2,19; 2,51).

3. Pobreza e despojamento

• Maria "deu à luz o seu filho primogênito, envol­veu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala" (Lc 2,7).

4. Paz

• Jesus é o "Príncipe da Paz", segundo a profecia de 1saías (cf. 1s 9,5). Os anjos louvavam a Deus, dizendo: "Paz na terra aos homens que Deus ama" (Lc 2,14). O prolongamento deste tema no Dia Mundial da Paz, 10 de janeiro, tem seu fundamento bíblico.

5. Alegria

• "Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo-Senhor" (Lc 2,10-11).

6. Fé e símbolos

• O povo cristão expressa sua fé também com símbolos natalinos: novena de Natal, presépio, estrela, árvore, augúrios de Natal, presentes ... É importante que todos conheçam o sentido original de cada símbolo do Natal, a fim de não se deixarem seduzir por seu aspecto consumista. Os símbolos remetem­-nos para Deus.

SÍMBOLOS NATALINOS

Não se pode celebrar a solenidade do Natal sem entrar em contato com numerosos símbolos a ele referentes. Enumero os principais, com seus respectivos significados:

1. Presépio

Palavra de origem latina (praesepium) que significa estábulo, manjedoura. É a representação, por imagens, da cena do nascimento de Jesus, conforme está narrada no Evangelho segundo Lucas (2,1-20), e da adoração dos magos, segundo Mateus (2,1-12).

São Francisco de Assis foi o primeiro a organizar, em 1224, um presépio vivo, com base na cena do nascimento de Jesus. A iniciativa foi logo adotada pelos franciscanos, que a difundiram imediatamente por toda parte.

O presépio é, sem dúvida, um elemento pedagó­gico de inestimável valor. Diante dele, as crianças dão asas à fantasia e fazem brotar muitas perguntas sobre o significado de cada peça nele representada. E os adultos sentem-se envolvidos e tocados pelo mistério da encarnação de Jesus.

2. Coroa do Advento

A coroa simboliza a espera do rei que irá chegar.

A forma circular é símbolo da nova aliança de Deus com a humanidade. Os ramos verdes representam a esperança de um mundo novo, uma nova sociedade. A cada domingo do Advento acende-se uma vela. A vela acesa é sinal de espera vigilante e, ao mesmo tempo, indica Jesus, luz do mundo, que está chegando. A cor da vela é roxa (ou lilás), ou mesmo branca.

3. Árvore de Natal

O pinheirinho de Natal, todo verde, é sinal de vida e esperança. As bolas coloridas nele penduradas representam nossas boas obras. É antigo o costume de enfeitar a árvore de Natal, mas ele só ganhou o mundo a partir do século XIX, quando o príncipe Alberto armou uma árvore no palácio real britânico.

A árvore de Natal, divulgada abundantemente pela mídia e instalada nos grandes supermercados, por ocasião das festas de fim de ano, parece estar apenas a serviço do consumismo. Entretanto, penso que a árvore de Natal poderia despertar em nós mais interesse pela ecologia, levando-nos a valorizar a flora, a fauna, enfim, todo ser vivo do nosso planeta.


4. Estrela

A estrela serviu de guia para os três reis magos até Belém: "A estrela que tinham visto no oriente ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino" (Mt 2,9). A estrela indica o próprio Jesus, luz do mundo: "Eu sou a luz do mundo" (Jo 8,12). Jesus vem para iluminar todos os povos:

"Luz para iluminar as nações" (Lc 2,32).

5. Papai Noel

A imagem do Papai Noel foi inspirada em São Nicolau, que nasceu na Turquia, no final do século l. Nicolau, homem de bom coração, costumava ajudar os pobres, deixando saquinhos com moedas perto das chaminés das casas. Até o final do século dezenove, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno de cor marrom. Conta-se que, a partir daí, uma grande empresa americana vestiu o bom velhinho com as cores do seu principal produto, vermelho e branco. A campanha publicitária obteve grande sucesso, e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.

Em vez de promover o consumismo, a imagem do Papai Noel poderia ser evocada como estímulo à partilha de bens entre todos os povos, formando assim uma imensa família em que nenhum de seus membros morre de fome.


6. Músicas próprias

As músicas de Natal multiplicaram-se e ganha­ram o mundo inteiro em diversos ritmos e idiomas. Dentre as várias canções natalinas, cantadas ao longo dos três últimos séculos, a mais popular é certamente Noite Feliz. A letra foi escrita por um padre austríaco, Joseph Mohr, no Natal de 1818. Sua encantadora melodia foi composta por um músico e organista, também austríaco, chamado Franz Gruber. As músicas características dessa época nos embalam, emocionam e nos ajudam a orar.

7. Presentes, mensagens, cartas, cartões

É possível que a idéia de dar e receber presentes tenha nascido da passagem bíblica em que os magos levaram presentes ao Menino Jesus (cf. Mt 2,11). De fato, os magos, sábios e astrólogos orientais, ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra. O ouro simboliza a realeza de Jesus (ele é rei); o incenso indica sua divindade (Jesus é Deus); e a mirra, sua humanidade (Jesus é homem).

Presentear 'alguém e trocar augúrios de boas­ festas são atitudes que nos ajudam a estreitar e solidificar os laços de amizade. Além disso, indicam que Jesus nos dá o grande presente da salvação, que inclui vida digna para todos, também aqui neste mundo. Então, os mais pobres e carentes precisam ser incluídos na partilha dos presentes.




Vejam também:



Tempos Litúrgicos - Quaresma

QUARESMA

A palavra quaresma deriva do latim quadragé­sima, isto é: o quadragésimo (40°) dia antes da Páscoa. É tempo de preparação para a celebração anual do mistério pascal. Tem a duração de quarenta dias, sem contar os domingos, nos quais não se faz penitência. Começa na quarta-feira de cinzas e vai até a manhã da quinta-feira santa, com a celebração da bênção dos santos óleos.

O número quarenta tem, na bíblia, grande força simbólica: quarenta anos transcorridos pelo povo no deserto; quarenta dias em que Moisés e Elias se prepararam para encontrar-se com Deus no monte Horeb; quarenta dias e quarenta noites: duração ·do dilúvio; por quarenta dias Jonas pregou a penitência aos habitantes de Nínive; o próprio Jesus passou quarenta dias no deserto, lutando contra as tentações e preparando-se para a missão. Quarenta indica tempo de caminhada, purificação, renovação espiritual.

Com a Quaresma, inicia-se o ciclo pascal, cujo ponto mais alto é o tríduo pascal (sexta-feira santa, sábado santo e domingo da ressurreição), e se prolonga até a solenidade de Pentecostes.

Os domingos do tempo quaresmal são chamados de I, lI, III, IV e V domingos da Quaresma. O sexto domingo, no qual se inicia a semana santa, chama-se domingo de ramos e da paixão do Senhor.

Características do tempo quaresmal

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece-nos clara síntese das características do tempo quaresmal:

Mais do que simples preparação para a Páscoa, a Quaresma é tempo de grande convocação para que toda a Igreja se deixe "purificar do velho fermento para ser uma massa nova, levedada pela verdade". É tempo de nos convertermos ao projeto de Deus, ouvindo e acolhendo sua Palavra sempre viva e eficaz, que nos faz retomar o que fizemos no batismo: a opção fundamental de nossa fé. Dedicando mais tempo à oração, vamos fortalecendo as razões de nossa esperança e assumindo o verdadeiro e mais agradável jejum: a prática do perdão, da justiça e da caridade como compromisso de "volta ao primeiro amor", selado na fonte batismal (cf. "Deus nos cerca de carinho e compaixão" - roteiros homiléticos da Quaresma, ano C, Introdução).

Eis os pontos salientes: retomar os compromissos assumidos no batismo; converter-se ao projeto de Deus; escuta a sua Palavra; dedicar mais tempo à oração; assumir o verdadeiro jejum, isto é, a prática do perdão, da justiça e da caridade.


Aspectos simbólicos e pastorais


Agora vamos considerar aspectos simbólicos deste importante tempo litúrgico e algumas propostas pastorais.

Aspectos simbólicos e sugestões pastorais


Cor roxa. Tem sentido penitencial. No 4° domingo, porém, por ser considerado domingo da alegria, pode-se usar a cor rosa.


Imposição das cinzas. Na Bíblia, como na maioria das religiões antigas, as cinzas simbolizam a insignificância humana. Diante de Deus, o ser humano é frágil e pecador. Por isso, a liturgia das cinzas, na quarta-feira, lembra aos fiéis sua condição de criaturas pecadoras e a necessidade de conversão.


Celebração penitencial. A comunidade reúne-se para ouvir a palavra de Deus, que convida à conversão e anuncia a nossa libertação do pecado pela morte e ressurreição de Cristo. O Ritual da Penitência propõe dois esquemas de celebração penitencial adequados ao tempo da Quaresma.


Sacramento da reconciliação. Além das cele­brações penitenciais, nem sempre acompanhadas do sacramento da reconciliação, a Igreja incentiva a prática da confissão sacramental. É ocasião favorável para o discípulo de Cristo voltar-se para Deus. Esta conversão interior, que compreende o arrependimento do pecado e o propósito de uma vida nova, expressa-se "pela confissão feita à Igreja, pela necessária satisfação e pela mudança de vida" (Ritual da Penitência, n. 6).


Jejum. O jejum é prescrito para a quarta-feira de cinzas. Nos outros dias, cada pessoa pode oferecer a Deus, com a inspiração do Espírito Santo, a penitência que se impõe. Entretanto, os atos exteriores (jejuar, por exemplo) devem ter íntima relação com a conversão interior. Seria inútil a pessoa abster-se de alimentos, e não se empenhar para melhorar seu relacionamento com Deus e com o próximo.


Oração. Os cristãos são convidados a intensificar a oração pessoal e comunitária, como expressões de intimidade com Deus e desejo profundo de realizar a sua vontade.


Prática da caridade. Os fiéis são incentivados, pelas diversas orações, à prática da justiça e do amor fraterno. O 3° prefácio da Quaresma convida-nos a quebrar nosso orgulho e imitar a misericórdia de Deus, repartindo o pão com os necessitados.


Palavra de Deus. A Igreja oferece um verdadeiro "banquete" de textos bíblicos apropriados à Quaresma, e incentiva os fiéis a ouvir com mais freqüência a Palavra de Deus.


Cantos adequados. Usar, de preferência, cantos inspirados nos textos bíblicos e litúrgicos. É vasto o repertório de músicas e cantos propostos pela Conferência Nacional dos Bispos.


Ausência do Aleluia. Durante a Quaresma, a Igreja deixa de proclamar o Aleluia, para entoá-Io solenemente na vigília pascal, enfatizando assim a importância e o caráter festivo da Páscoa.


Instrumentos musicais. Os instrumentos musicais são permitidos apenas para sustentar o canto.


Flores. Pede-se discrição quanto ao uso de flores no espaço celebrativo. Essa ausência de decoração, na Quaresma, tem a finalidade de recordar o tempo de penitência e de caminhada para a solene celebração da Páscoa.



Vejam também:

Tempos Litúrgicos - Advento

ADVENTO

O termo advento ou vinda (do latim adventus), foi aplicado antigamente para a chegada do imperador. Significava também o aniversário de um importante acontecimento. A Igreja adotou essa palavra para indicar, antes de tudo, o nascimento de Jesus e o seu aniversário; depois, a preparação para tal acontecimento e, por fim, a expectativa de sua segunda vinda. Eis o que diz atualmente o Calendário Romano:

"O tempo do Advento possui dupla característica: sendo tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos" (n. 39).

O Advento começa quatro domingos antes do Natal e marca o início do ano litúrgico. Em seu início, os textos litúrgicos referem-se à segunda vinda de Cristo, mas logo, com mais ênfase a partir de 17 de dezembro, passam à preparação imediata de sua vinda na carne, seu nascimento em Belém.


Aspectos litúrgicos

Advento é o tempo que precede e prepara o Natal. Começa quatro domingos antes do Natal e marca o início do ano litúrgico. As leituras, principalmente o evangelho, focalizam temas específicos para os domingos:


1. Primeiro domingo: espera vigilante do Senhor e anúncio do seu retorno. Devemos estar alertas.

Ano A: Mt 24,37-44: "vigiai".

Ano B: Mc 13,33-37: "vigiai".

Ano C: Lc 21, 25-28.34-36: "vigiai".


2. Segundo domingo: convite à conversão, mediante a pregação de João Batista. Se o Reino de Deus está próximo, é necessário preparar os caminhos do Senhor.

Ano A: Mt 3,1-12: "convertei-vos".

Ano B: Mc 1,1-8: "endireitai as estradas do Senhor".

Ano C: Lc 3,1-6: "preparai o caminho do Senhor".


3. Terceiro domingo: testemunho dado por João Batista a respeito de Jesus. Anúncio dos tempos messiânicos. Alegria.

Ano A: Mt 11,2-11: "curas e sinais".

Ano B: Jo 1,6-8.19-28: "Cristo no meio de nós".

Ano C: Lc 3,10-18: "o que devemos fazer?".


4. Quarto domingo: anúncio do nascimento de Jesus a José, a Maria e a Isabel.

Ano A: Mt 1,18-24: anúncio a José.

Ano B: Lc 1,26-38: anúncio a Maria.

Ano C: Lc 1,39-45: anúncio a Isabel.


Evidentemente a liturgia do Advento não se limita aos domingos. O lecionário propõe leituras próprias também para cada dia das quatro semanas do advento. As diversas orações desse tempo (antífonas, coleta, oração sobre as oferendas, oração depois da comunhão) nem sempre estão intimamente ligadas às leituras; mas, de alguma forma, exprimem os temas do Advento ou simplesmente os da salvação do mundo e do ser humano, realizada pela encarnação de Jesus.

Aspectos celebrativos e sugestões pastorais

O tempo do Advento deve ser vivido com fervor de vida e profundo desejo de conversão. Em sua vinda entre nós, Jesus espera que tenhamos coração aberto para Deus e generoso para os irmãos e irmãs. Muitos anúncios comerciais e o estímulo ao consumismo podem distrair-nos do verdadeiro sentido do Natal. Fiquemos atentos para não cair na armadilha de pensar que Natal é feito só de comidas, bebidas e bens materiais. As coisas do espírito devem envolver-nos nesse tempo de preparação e celebração do Natal do Senhor. Em vista de ajudar a alcançar esse objetivo, apresentamos algumas sugestões:


Novena de Natal. Famílias se reúnem a fim de preparar, com orações, cânticos, escuta da Palavra de Deus e partilha de vida, a celebração do nascimento de Jesus. Oxalá todos se sintam motivados a participar desses encontros, que são estímulo à prática de boas obras e ao exercício da solidariedade.


• Presépio. Prepará-lo em casa e na comunidade.


Coroa do advento e as quatro velas.


Celebração penitencial. É conveniente que haja, na comunidade, alguma celebração penitencial. Trata-se de um tempo litúrgico em que os textos bíblicos insistem sobre a necessidade de mudança de vida. O Ritual da Penitência propõe um exemplo de "celebração penitencial no tempo do Advento".


Árvore de Natal. Cada família usará criativi­dade para prepará-la.


• Cor roxa. No tempo do advento, usa-se a cor roxa, sinal de penitência e conversão, porém no 3° domingo, por ser considerado domingo da alegria, pode-se usar o rosa.

Ornamentação do altar. Pode-se ornamentar o altar com flores, porém com moderação, conforme a natureza desse tempo litúrgico. Convém que o ornamento seja colocado não sobre o altar, mas junto a ele.


Vejam também:

Tempos Litúrgicos - Tempo Comum

TEMPO COMUM

No tempo comum que é enfeitado com a cor verde que nos lembra a esperança, nos pede para que conheçamos mais sobre a vida de Jesus através do evangelho. É um tempo em que você deve colocar em prática tudo aquilo que aprendeu no tempo do advento, no Natal, na quaresma e na Páscoa.

O que devemos saber:

Existem duas partes do tempo comum:

1. Parte: Tem início na 2ª feira após o Batismo de Jesus e término na Véspera da 4ª Feira de Cinzas.

Somos chamados a viver a esperança, escutando a palavra de Deus e levando o anúncio do Reino de Deus.

2. Parte: Tem início na 2ª Feira após o Pentecostes e término na Véspera do 1º Domingo do Advento.

Somos chamados a vivência do Reino de Deus, ensinando que os cristãos são o sinal do Reino.


Vejam também: