Coroinhas de Santo Aleixo

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dogmas Marianos

Dogmas são verdades de fé. Referente a Maria, a Igreja Católica afirma quatro dogmas:

1 - Maternidade Divina

Dizer que Maria é Mãe de Deus significa que ela não é somente Mãe de Jesus, que se fez homem para nos salvar da morte pelo pecado, mas é também Mãe de Deus, o Filho. Sendo Jesus também Deus, fica fácil entender este dogma.
O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.). Algum tempo depois, foi proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedonia e os de Constantinopla. O Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu: "Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que, portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema." O Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: "Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades". (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 66).
Maria não gerou Deus Pai, o criador do céu e da Terra, mas gerou Jesus, filho de Deus, e o próprio Cristo diz: “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10,30).

2 - Virgindade Perpétua

Jesus foi concebido no seio da Virgem Maria Pelo poder do Espírito Santo, sem a intervenção do homem. Ele é Filho do Pai celeste, segundo sua natureza divina, e Filho da Virgem Maria segundo sua natureza humana. Maria permaneceu virgem ao conceber Jesus, ao dar a luz, ao alimentá-lo no seu seio, Virgem sempre (Santo Agostinho, Bispo de Ipona século III). Portanto quando os Evangelhos falam de "irmãos e irmãs" de Jesus, trata-se de parentes próximos, segundo uma expressão usada na Sagrada Escritura. Texto tirado do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 98-99.
O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpetuamente depois do parto. "Ela é a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel" (Cf. Is., 7, 14; Miq., 5, 2-3; Mt., 1, 22-23) (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55 - Concílio Vaticano II). "O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria inclusive no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo "longe de diminuir consagrou a integridade virginal" de sua mãe. A liturgia da Igreja celebra a Maria como a 'Aeiparthenos' a 'sempre-virgem'." (499 - catecismo da Igreja Católica). 

3 - Imaculada Conceição

O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus. "Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis."

4 - Assunção


O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus: "Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu". Agora bem, por que é importante que os católicos recordemos e aprofundemos no Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu? O Novo Catecismo da Igreja Católica responde à esta interrogação: "A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos"(966).

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